domingo, 7 de janeiro de 2007

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A partir deste exacto momento vou tentar que me agarres e me prendas junto ao peito, junto à escassa camada de carne que te cobre as vértebras e me amarres a ti.

Vou tentar que me prendas os pulsos à parede e que os faças descer e os amarres em mim mesmo.


Vês-me?

Desculpa.

Sentes(-me)?


Não deixes que os teus olhos me percam de vista e me desfaçam no horizonte das coisas, dos dias, das pessoas.

Das coisas dos dias e das pessoas sem nome.




Posso ao menos pedir isso?

Pedir (-te) isso?

Como se se te entregasse de tronco curvado o poder do universo?




Então, dou-to.

Entrego-to agora, neste exacto momento em que já te sinto as costelas a roçar nos meus ossos e agora em que te sinto o peito acelerar.

Entrego-to.


Ao universo.



Texto de: Maria Rocha

5 comentários:

kids:)In The City disse...

good!

Joao Lourenço disse...

Boa Tarde. Gostei imenso deste texto e também gostei do espaço.Nao sei se o meu comentário são dos que interessam ou não,não sou lá grande coisa nesse tipo de avaliações,principalmente sobre tudo o que vem de mim.Cabe-te a ti decidir isso. Um abraço...

Maria disse...

É dos que interessam. E és bem vindo, claro.

Outro.

Sara Almeida disse...

Revolta e paixão... Faz todo o sentido para mim pensar que estão ligados estes dois estranhos sentimentos.
Sinto esta mesma ligação nas tuas palavras minha querida amiga e poetisa.

Um Beijo.

|___XyZ___| disse...

Boas,

É para que saibas que estou atento e gostei do espaço...
Por um comentário a dizer que o texto é fenomenal, é desnecessário.

Pearl Jam ?? Vamos lá??

Com requintez de Malvadez,
Um abraço...