domingo, 10 de fevereiro de 2008

MJVV


Quase que se torna uma tarefa indistintamente impossível tentar definir e compreender os fenómenos que nos arrastam e nos transportam para cidades diferentes mas, no entanto, iguais a olho nú. Os edifícios continuam os mesmos, as mesmas paredes tatuadas com desenhos e juras de amor em cores berrantes na tentativa de não serem esquecidas. Confessam-me uma liberdade estonteante a percorrer-nos as veias e os nossos corpos deitados em todos os jardins desta cidade. De dia, com o sol a dar força ao que criamos de cada vez que estamos juntos. E de noite, com as sombras a iluminarem-nos os sorrisos constantes mas sempre inesperados. Imagino cada café, cada rua, cada viagem com os nossos diálogos de filme cómico com a quota certa de drama e que acabam sempre por nunca terminar, nunca cansar. Temos a missão mais séria de sempre nas nossas mãos e só nós sabemos: devolver a Liberdade a quem se cruze connosco. Devemos-lhes isso. Os vestígios que deixamos nas nossas viagens são imensos e não há fronteiras que nos arrumem em cantos.

dedicado

Maria Rocha, 2008

4 comentários:

António Rocha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
António Rocha disse...

Maria continuas a encantar e a lacrimejar quem te lê. Sê quem tu és, segue o que queres e mesmo que o caminho seja um pouco sinuoso hás-de chegar ao que anseias. Sempre assim foi, é e continuará a ser, mas isso é que faz com que se dê o devido valor ao que se consegue. Do teu mano.

Eleanor Rigby disse...

porra... identifiquei-me a leguas com este texto:$

sei que raramente comento, mas acredita que venho aqui sempre que posso:)

Vanessa Lourenço disse...

I´m guessing I´m one of those Vs, and all I can say is I am touched to know, to feel, to see, to understand every single word you´ve written in this lost place in the universe that I so much treasure, because it´s yours, thank you my dear and loved M, thank you for just that***