sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Trail.

Já me confundi tanto, meu bem. Tanto, tanto, tanto que deixei de saber o que sou por instantes. Mas depressa me belisco e sei que nunca deixei a cadeira e que estou maior.
Sabes, dei-me conta de que tudo o que tenho feito se trata de poesia. Da minha maneira de andar, da forma adolescente como aprendi a ouvir música na rua e como sorrio ao levantar a cabeça e olhar o céu. Sei agora que és tanta gente. E que amo cada um de forma distinta, que os velo e os guardo sempre. Aqui, assim, consistente. Como eu gosto de ti. Como eu me emociono ao vomitar as coisas básicas da vida e me apercebo que mais do que escrever, viver é poesia. Aquela que já me esqueci de escrever e que me tirava tudo quando a fazia nascer.
Lembro-me de dizer que tenho medo do meu próprio medo e de ficar no meio dele inerte e não me conseguir mexer depois de tantos manifestos escritos. Mas quero e mereço ser livre, por forçar o parto de algo que ainda me foge à vista.
Gostava que todos me agarrassem no coração, o apertassem assim como tu fazes e depois o fizessem bater mais calmo, mas mais vibrante.
Mesmo que parta amanhã já sou tão feliz por ter tido aqui e por me teres dado a mão e me teres feito sentar em silêncio, onde as minhas lágrimas me saíram tantas vezes e nunca pensei duas vezes em mandá-las para casa. É isso. Nós é que devemos encontrar o caminho para casa.
Afinal, esta vida é tão pequena para andarmos perdidos tanto tempo.


---

Aconteça o que acontecer:

Eternal Life is now on my trail. :)





Maria Rocha