quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Termo



Há uma necessidade de papel de visitar a mesma casa todas as sôfregas vezes para que não corra o risco de desaprender tudo de novo. Percorrer o mesmo turbilhão de caminhos cruzados sem nunca me perder ou sem nunca me deixar de perder da mesma forma. Contra tudo o que já foi dito antes, talvez seja mesmo mecânico. E talvez esta necessidade de desembrulhar o braço cheio de veias mapeadas não seja humana. Por mais voltas que dê, torna-se sempre ao mesmo ponto sem chão.
Já não é assustador.
É apenas rotineiro.

Doem-me as pernas, as costelas fora do lugar, a tosse ataca sorrateira e eu não sei quanto tempo falta para o fim.



Maria Rocha, 2007