terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tele-grama



É incrível a facilidade com que somos atropelados por extremos. Espera. Isto só acontece porque não sabemos medir o que nos absorve e o que se absorve também. Tinha tanta coisa para te contar, mas estes nós na garganta já são velhos amigos de copo de whiskey na mão e que nos observam em silêncio, que esperam de nós alguma resistência e gestos brutos de quem se controla constantemente. Eu sei que é disso que se trata. Há cansaço. Há estes atropelamentos em horas e direcções erradas e opostas que insistem em me surpreender. Queria poder dizer algumas das coisas que crescem por aqui, mas seria errado e injusto. O que fica por dizer não morre. Se o acarinhar talvez venha a crescer. Talvez. Como incerta é a minha passagem pela vida dos que me convidam a passear pelos seus diários de bordo.

Maria Rocha, 2008

domingo, 10 de agosto de 2008

Uma questão de perspectiva


Apetecia-me condensar o (meu) mundo (todo) numa caixa envidraçada e abri-la todos os dias para que o ar se renovasse. Mesmo o que no mais fundo de mim existe merece liberdade. (Justa ou não.)



Maria Rocha, 2008