São Terríveis e invenciveis, "na terra dos sonhos podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal, na terra dos sonhos toda a gente trata agente toda por igual".*
...ao ler o teu comentário no meu blog fiquei extasiada. Que bilhete me deste para uma viagem em marcha a trás.
Lêste-me. Sempre o fizeste. Desde a sala 30...Desde os bancos de pedra. Sempre tivémos esse inexplicável "potencial para algo"...
O que ainda não somos é uma falha enorme na minha vida, não fazes idéia das vezes que moras no meu pensamento, és sempre um abraço forte e uma tristeza real de um "não sei o quê"...é difícil explicar. Perdi o jeito com as palavras sabes? Tenho medo de andar a perder muita coisa...
Aquela parte criança da sala 30 sente que nunca seremos menos do que somos, as meninas que cresceram juntas numa outra dimensão, e que não são mais por...uma razão por explicar.
Maria, sinto muito a tua falta. Continua a ver-me da janela...Saberei sempre que o fizeres. A acenar lá em baixo, no campo...
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CORPOS Editora
Callema, revista literária
A Cooperativa Literária apresentou Callema.Estreada em Novembro de 2006 com capa votada a Yolanda Castaño, rosto cimeiro da mais recente poesia galega, que, entre outros, tem vindo a revelar nomes como os de Olga Novo e Estibaliz Espinosa, a revista literária *Callema* conhece em Maio o seu segundo volume, "Nuno Júdice: da noção de poema às coisas mais simples", título da entrevista ao autor de *Pedro, Lembrando Inês*, conduzida por Elisabete Marques. Inaugurando uma nova secção, *Photographica* – nesta primeira proposta com *ma femme s'appelle détail*, de Sophia Pereira – *Callema 2* volta a insistir nos imaginários e línguas várias de que o antecessor é habitado, e de que será porventura timbre o "Não há morte" de *Neófito*, desenho de Mário Cesariny até agora inédito, a fechar a revista. Para encomendas, enviar um e-mail para Cooperativa Literária.
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As Estórias; o Trilho.
"Mesmo que viremos costas ao fim dotrilhoiremos dar-nos conta de que estamos espelhados inversamente e que jamais poderemos fugir ao destino de chegar ao fim da viagem."
"É recorrente. Voltar a este lugar. Circunscrever os mesmos universos ao mesmo conjunto de frases e palavras previamente introduzidas num microchip mental. Pode ser (que o é), completa e desnecessariamente, inútil este uso de vómitos em forma de palavras a rastejar umas nas caudas das outras até que, finalmente, alguém se sinta levemente perturbado pela nossa existência e nos agarre pelas goelas e nos tente, subtilmente, sufocar. "
"Há uma leve e ténue lembrança de que o chão nos traz de volta a ele de, tempos a tempos, e nos traz também todos os olhos prostados na nossa horizontalidade de ossos."
"Tudo o que fizera até ao exacto momento que insiste em escapar-se-nos entre os dedos não fora mais do que um entrenimento de quem dorme a julgar que amanhã encontrará a razão de tudo."
"É completamente viciante e decadente a linha que nos une. A nós, irmãos, tudo o que nos liga será então o nosso fim. A ilusão de que seremos pó e de que aí então nos fundemos finalmente uns nos outros e nos possamos esquecer do que em tempos foi o nosso nome, idade ou sexo será, exactamente, o que nos afastará ainda mais."
"O som dos estilhaços dos vidros a partirem-se eram agora gritos que invadiam as casas mais distantes dos arredores da cidade - foi assim que soube que algo majestoso estava a acontecer no exacto momento em que fechei os olhos para o que julguei ser mais uma noite de insuficiência de sono."
3 comentários:
São Terríveis e invenciveis, "na terra dos sonhos podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal, na terra dos sonhos toda a gente trata agente toda por igual".*
possivelmente
...ao ler o teu comentário no meu blog fiquei extasiada. Que bilhete me deste para uma viagem em marcha a trás.
Lêste-me. Sempre o fizeste. Desde a sala 30...Desde os bancos de pedra. Sempre tivémos esse inexplicável "potencial para algo"...
O que ainda não somos é uma falha enorme na minha vida, não fazes idéia das vezes que moras no meu pensamento, és sempre um abraço forte e uma tristeza real de um "não sei o quê"...é difícil explicar. Perdi o jeito com as palavras sabes? Tenho medo de andar a perder muita coisa...
Aquela parte criança da sala 30 sente que nunca seremos menos do que somos, as meninas que cresceram juntas numa outra dimensão, e que não são mais por...uma razão por explicar.
Maria, sinto muito a tua falta.
Continua a ver-me da janela...Saberei sempre que o fizeres. A acenar lá em baixo, no campo...
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